"Causos e Cases" - da extinção a perenidade

30/05/2019

As empresas familiares na sua grande maioria trazem na sua cultura o DNA do (a) fundador (a). A extinção ou não do negócio pode ser somente um “causo” de uma ideia que não deu certo ou tornar-se um “case” usado como exemplo de sucesso perene.
Talvez você ainda não percebeu o quanto o seu jeito de ser está presente no seu negócio.
A complexidade aumenta exponencialmente quando o empreendimento tem outros sócios. A pimenta fica mais ardida quando além de sócios existir relacionamento familiar, e o molho pode ficar indigesto.
A sua empresa pode ainda ser nova, mas ela terá que passar por um causo antes de se tornar um case. Essa transição não é evidente quando o inicio dos negócios consome grande parte do tempo dos fundadores. A medida que o negócio avança e as dificuldades aparecem, lá estará a cultura e os conflitos.
Onde você se encontra neste momento com sua criação?
Ela caminha para um causo ou um case?
A descoberta de que sua pegada; marca e determina a cultura e o sucesso dos negócios, quando acontece precocemente facilita o processo e encaminha o seu “causo” para um verdadeiro “case”.
Você deve estar pensando que isso é coisa do passado e que as “startups” digitais estão longe desse problema.
Ledo engano!
Recentemente estive com um jovem empresário que tinha começado a sentir as dificuldades de compartilhar a cultura com os demais sócios, antes mesmo de sua empresa completar um ano de existência, as diferenças culturais, começaram interferir na relação societária e por consequência nos negócios.
A influência da cultura atinge tanto empresas familiares como as corporações, que têm as famílias dos fundadores longe das operações. Afinal a cultura, quando vencedora, é mantida mesmo pelos que não tem nada a ver com o fundador.
Muita atenção e cuidado ao tratar esse tema nas organizações em que a presença do fundador ou dos fundadores, faz parte do dia-a-dia. Iniciar esse processo de transformação requer antes de tudo a concordância de quem tem a caneta na mão.
Se os sócios reconhecem a necessidade de validar uma cultura empresarial que saia do risco do causo para tornar-se um case de sucesso, então o caminho será árduo, porém com chegada garantida. Todavia se os “donos” não aceitarem o processo, será quase impossível chegar ao objetivo de perenidade, sua empresa estará na lista dos “causos” e não dos “cases.”
A boa notícia é que os avanços nas boas práticas de governança familiar e corporativa têm se mostrado altamente eficazes quando bem planejadas e implementadas.
Vamos gerar um Case?